Todos os dias ouvimos falar deles, mas qual é o objetivo de cada um destes testes? 💉🧫
Desde que se começou a perceber um pouco melhor como era possível diagnosticar este coronavírus, novas palavras começaram a fazer parte do nosso vocabulário diário.
Testes rápidos de anticorpos, de PCR e de antigénio são apenas alguns desses exemplos, que todos os dias ouvimos sair da boca de cientistas e jornalistas de todo o mundo, seja nas notícias de um jornal como em qualquer debate que se faça para tentar compreender melhor a doença COVID-19.
A única certeza que existe é que todos eles estão relacionados com a COVID-19, e talvez também saibas que cada um destes testes cumpre um objetivo e podem complementar-se uns aos outros, em caso de dúvidas nos diagnósticos.
Por sabermos que existem dúvidas é que criámos este pequeno workshop, para te explicar para que serve cada um destes testes de diagnóstico da doença COVID-19.
Por isso, vamos lá saber o que distingue cada um destes testes de diagnóstico e em que fase se devem realizar.
Teste de diagnóstico ou PCR: para saber se estás infetado
Primeiro que tudo, PCR significa Polymerase Chain Reaction (reação em cadeia da polimerase, em português).
Este teste serve para determinar se uma pessoa com sintomas compatíveis com o coronavírus está infetada ou não naquele exato momento.
Para diagnosticar se a pessoa está realmente infetada, a amostra é obtida pela cavidade nasal ou oral, ou ambas. Se houver algum vestígio viral nas amostras, é diagnosticada uma infeção por SARS-CoV-2. Os resultados podem demorar entre 1 a 2 dias.
Em alguns casos podem existir falsos negativos, razão pela qual são utilizadas ambas as cavidades.
Teste serológico ou de anticorpos: para determinar a imunidade
Com este teste de sangue, realizado através de uma pequena picada no dedo (semelhante às que se fazem nos testes à diabetes), pretende-se saber se uma pessoa esteve em contacto com o vírus e se gerou imunidade contra os seus efeitos.
É sempre supervisionado por um médico e a análise é feita através do contacto do sangue com um reagente que, após 10 minutos, nos dirá que tipo de anticorpos geramos a partir de uma marcação com linhas no teste. É um processo semelhante ao de um teste de gravidez.
As porcentagens de precisão chegam a 95%, para detetar a presença de anticorpos IgM e IgG no sangue contra uma infeção por SARS-CoV-2.
Testes de antigénio: os testes mais rápidos
Este é um dos testes mais recentes adicionados às formas de diagnosticar a infeção por SARS-CoV-2.
Aprovado pela Direção Geral da Saúde, este teste tem a principal virtude de ser tão rápido quanto os testes serológicos e quase tão confiáveis quanto os testes PCR.
Requerem, tal como os testes de PCR, de um cotonete que é inserido na garganta e no nariz para a extração das amostras. A grande diferença é que estas amostras não são analisadas em laboratório, mas sim num aparelho semelhante ao de um teste de gravidez.
Apesar deste teste não determinar se a pessoa analisada tem anticorpos, quanto à sua eficácia podem oferecer uma sensibilidade para detetar infeções de 96,52%, e uma capacidade para detetar casos negativos de 99,68%, segundo dados analisados pela farmacêutica suíça Roche.
Foto de capa: @mufid-majnun