Atualmente, Vincent Van Gogh dispensa apresentações, mas nem sempre foi assim. Portanto, é ainda mais interessante mergulhar de forma imersiva na vida e obra do artista holandês, através da exposição “Living Van Gogh”, em estreia absoluta na Alfândega do Porto.
Entre pinturas tridimensionais, girassóis luminosos e muitas cores, esta não é apenas mais uma exposição sobre o célebre pintor. Pois, distingue-se pelo caráter interativo proporcionado pelas várias instalações que compõem a experiência. Vamos contar-te tudo (ou quase) sobre a nossa emocionante viagem.
A nossa experiência em “Living Van Gogh”
A exposição “Living Van Gogh” está dividida em dois momentos distintos, numa jornada multissensorial que dura mais de uma hora. Na primeira parte, a magia leva-nos até as Furnas da Alfândega do Porto, onde vais encontrar o primeiro espetáculo imersivo do italiano Massimiliano Siccardi na Europa.
Na sala imersiva, assistimos ao trabalho do realizador Siccardi, que já exibiu em 22 galerias nos E.U.A. e Canadá, chegando agora pela primeira vez a Portugal e à Europa”, comenta ao Porto Secreto Edoardo Canessa, project manager de Ocubo.
Além disso, o responsável do premiado atelier explica que a viagem imersiva permite-nos mergulhar na mente e obra de Van Gogh. De facto, as flutuações no ambiente são conduzidas não só pelo jogo de cores, mas também pela própria música, ao incluir composições clássicas e Édith Piaf.
Os números da viagem imersiva
Por aqui, gostamos mais de palavras. No entanto, os números são sempre uma boa ideia. Portanto, aqui vão alguns dados sobre a primeira parte da exposição dedicada a Van Gogh:
- Sala imersiva de 1000 metros quadrados;
- 50 projetores;
- Mais de 150 obras projetadas;
- 30 minutos de duração.
Girassóis gigantes e várias instalações interativas
Após a nossa jornada imersiva, chegou a hora de conhecermos a segunda parte da exposição de Van Gogh. Aqui, somos encaminhados para a Sala da República onde estão várias instalações interativas, criadas pelo Atelier Ocubo.
Numa combinação sublime de poesia, girassóis gigantes e luminosos, a “Sinfonia dos Girassóis” permite-nos refletir, enquanto assistimos a uma performance de um ator. Neste momento, os versos do poema “Última carta de Van Gogh a Théo”, do talentoso Al Berto, ecoam na nossa mente.
Este momento representa um sonho em que Van Gogh surge como diretor de uma ‘orquestra’, ao conduzir cada girassol como se um instrumento se tratasse. Depois, há um momento post-mortem em que imaginamos que após tanto sofrimento, o pintor reencontra paz e serenidade, ao dançar feliz num campo de girassóis”, explica ao Porto Secreto, Edoardo Canessa.
No entanto, as surpresas não se ficam por aqui. Depois de um momento mais ‘dramático’ e profundo, é tempo de ‘brincarmos’ e ‘vestirmos’ a pele de Van Gogh. Neste contexto, aproveitamos para ‘pintar’ num quadro uma das suas obras. Ou mesmo, de ‘invadir’ o seu famoso “Quarto em Arles”.
Há ainda outros momentos a destacar, tais como a “Noite de Ilusão” e uma pintura colaborativa, na qual somos todos convidados a deixar a nossa marca. E para ‘fechar em grande’, entramos “Na Pele de Vincent” onde é possível gravar uma mensagem para mais tarde recordar.
O que dizem os visitantes de “Living Van Gogh”
As obras de Van Gogh fazem-me viajar e pensar como um artista desta magnitude não foi reconhecido no seu tempo, sendo tão celebrado a posteriori”, Pedro Lopes.
A minha parte favorita da exposição foi quando a Édith Piaf começou a tocar e eu andei em círculos a dançar“, Sara Cunha.