No Porto Secreto gostamos de escrever sobre vários assuntos relacionados com a nossa cidade, desde os roteiros pelos restaurantes mais bonitos, sem esquecer visitas a museus e exposições. Mas, se há algo que nos caracteriza desde o início é a vontade de escrever sobre as nossas ruas e praças. Desta vez, queremos contar-te a história da origem da emblemática Rua das Flores.
Por aqui, vais encontrar diversos restaurantes, cafés e lojas tradicionais, sem esquecer espaços culturais como o MMIPO – Museu e Igreja da Misericórdia do Porto. Um dos pontos de visita obrigatória é mesmo o alfarrabista Chaminé da Mota, por exemplo. É uma rua carismática e importante para a cidade e, por isso, importa conhecer um pouco mais sobre ela.
Neste sentido, e como verdadeiros apaixonados pela cidade que somos, quisemos saber a história por detrás do nome da Rua das Flores. Isto porque estas histórias contam sempre uma parte da história do Porto e, consequentemente, um pouco da nossa própria história.
Então, porquê “Flores”?
A Rua das Flores que atualmente conhecemos nem sempre teve este nome. Foi mandada construir em 1521, por D. Manuel, o rei da altura, e apelidava-se de “Rua de Santa Catarina das Flores”. Os terrenos onde foi construída a rua pertenciam ao bispo do Porto, que era devoto a Santa Catarina de Alexandra, o que explica o nome original desta rua. Para além disso, esses terrenos eram preenchidos com vistosas hortas e jardins, daí a designação “Flores”.
A Rua que liga São Bento ao Largo de São Domingos foi sempre uma das mais importantes artérias da cidade e na altura em que foi construída albergou grande parte da nobreza e pessoas ilustres da cidade. Uma outra curiosidade importante acerca desta rua prende-se com o facto de ter sido a primeira construção urbana a respeitar regras específicas sobre o tipo de habitação a ser lá edificada, sendo que sempre foi prioritária e privilegiada a boa visibilidade das fachadas, algo que ainda hoje conseguimos perceber.
Atualmente, o nome da rua “perdeu” a referência a Santa Catarina, mas mantêm-se “as flores”, tendo sido esta a base de toda a sua construção, uma vez que era o que se destacava nas hortas dos terrenos que deram origem a esta importante artéria da cidade Invicta.