Já estamos em contagem decrescente para a primavera e, não tarda, vais voltar a ter mais tempo para viajar, ou para um breve passeio, devido à aproximação da Páscoa. Portanto, que tal dar um pulo até à aldeia de Drave? Afinal, trata-se de um ‘cantinho’ que vale a pena conhecer.
Situada no concelho de Arouca, Drave é um destino procurado pelos amantes da natureza e fica a cerca de 1h de carro do Porto. Por isso mesmo, não é uma viagem muito longa, ainda que não seja fácil lá chegar. Pois, é uma aldeia remota e desabitada, mas com muita beleza natural para contemplar.
Localizada em pleno Arouca Geopark — onde podes encontrar o fenómeno raro das Pedras Parideiras, — Drave surge entre a Serra da Freita, a Serra de São Macário e a Serra da Arada. Trata-se de uma aldeia mágica, quase ‘secreta’, como outras que já demos a conhecer, mas com a particularidade de ser muito remota.
Índice
Aldeia de Drave: breve apresentação
Localizado a cerca de 600 metros de altitude, entre três serras, Drave é um lugar muito remoto, onde o passar das horas dá-se a um ritmo mais lento; e a contemplação da natureza faz todo o sentido. Aqui, não há eletricidade, nem água canalizada, nem sequer restaurantes ou infraestruturas de qualquer tipo; e mesmo a rede de telemóvel conhece as suas complicações.
É uma aldeia típica, com casas cobertas de xisto e de pedra lousinha. No seu redor, há socalcos e antigos campos agrícolas, que seriam o sustento dos seus habitantes noutros tempos. A primeira referência registada sobre Drave data do reinado de D. Dinis, no séc. XVI. Desde a primeira década de 2000, a aldeia é desabitada, mas ganha particular vida no verão, com a afluência de vários visitantes.
Como chegar?
O acesso à aldeia de Drave não é fácil, mas aqui entre nós vale a pena o esforço. Para lá chegar, não podes ir de carro, por isso prepara-te para caminhar cerca de 4 km, desde Regoufe (PR14: Aldeia Mágica).
Se percorrer trilhos não é a tua paixão, então pensa duas vezes. Pelo contrário, se aprecias turismo de natureza, certamente vais gostar. Mas, avisamos desde já, leva muita água e comida, pois por lá não há qualquer estabelecimento comercial que te valha. Além disso, leva roupa e calçado confortável, pois é uma viagem de ida e volta.
Pontos de interesse
Antigas casas de habitação
Em Drave, não há monumentos, nem museus; mas há, sim, muita natureza. Mesmo assim, vale a pena admirar as construções, predominantemente de xisto e de pedra lousinha.
Capela da Nossa Senhora da Saúde
Este templo religioso encontra-se no centro da aldeia e destaca-se ao longe, graças à sua cor branca.
Piscinas naturais e cascatas
Na Serra da Freita encontram-se algumas piscinas naturais bastante agradáveis. No entanto, é caso para dizer que as de Drave não ficam atrás. Uma vez na aldeia, desce até à Ribeira de Palhais para aproveitar a sombra e a água fresca. Além disso, é um ótimo lugar para fazer um piquenique e recuperar energias para a caminhada de regresso.
Uma aldeia em reconstrução
Este verdadeiro refúgio na natureza deve muito ao Corpo Nacional de Escutas (CNE). Em 2003, este grupo estabeleceu a sua Base Nacional da IV em Drave, tendo vindo a trabalhar na reconstrução da aldeia.
O CNE conta com o selo de excelência SCENES (Scout Centres of Excellence for Nature and Environment – Centros Escutistas de Excelência para a Natureza e o Ambiente) e esforça-se por manter viva a magia deste lugar.
Nota: Se te perdeste de amores por Drave, presta atenção: não há alojamentos turísticos na aldeia. Portanto, o melhor é procurar algum local nas imediações, ou perto da vila de Arouca.
Mais informações sobre a aldeia de Drave: aqui