Há nomes que dispensam apresentações… e João Baião é um desses casos. Com 60 anos, é um dos mais célebres artistas portugueses, contando com um vasto percurso na televisão e nas artes performativas. Recentemente, esteve no Porto para representar “Feliz Aniversário”.
Com casa cheia, João Baião e um elenco de luxo, composto por nomes como Heitor Lourenço e Cristina Oliveira, entre outros, “Feliz Aniversário” esgotou as várias sessões no Coliseu Porto Ageas. Neste contexto, o espetáculo vai voltar à Invicta, nos dias 7 e 8 de junho.
Aproveitando a oportunidade, fomos aos bastidores e conhecemos o apresentador e ator português. De sorriso rasgado no rosto, falámos da peça e, claro, do seu carinho especial pelo público portuense. Afinal, “as pessoas do Porto são diferentes das de outros lados”. Vamos saber mais?
“Feliz Aniversário”, sinónimo de gargalhadas
Porto Secreto (PS): Para quem não teve ainda a oportunidade de assistir, o que pode contar-nos sobre “Feliz Aniversário”?
João Baião (JB): Bom, a peça esgotou na grande sala do Coliseu do Porto, nos dias 2 e 3 de fevereiro. Mas, voltamos em junho, nos dias 7 e 8. Portanto, quem não teve oportunidade de assistir pode marcar já na agenda.
E ao que vai assistir? A uma comédia clássica, chamada comédia de equívocos ou de portas abertas, onde tudo acontece; onde quando menos se espera as coisas estão sempre a evoluir. Ou seja, quando se pensa que o momento está resolvido, aparece sempre alguma complicação.
(…) E desde que estreamos, no dia 20 de outubro, testemunhamos que as pessoas têm se divertido muito. Porque, de facto, isto é uma catadupa de gargalhadas… não só o público, mas também nós!
PS: Como surgiu a ideia de adaptar esta comédia de sucesso internacional?
JB: Desde a primeira vez que li este texto [original de Marc Camoletti, escrito no final dos anos 70], sempre me deixou muito cativo. Traduzido por Frederico Corado e adaptado por mim, quisemos dar alguma atualidade à obra.
A verdade é que, quando voltei ao teatro foi com um projeto original dos “Monólogos da Vacina”, pelo que quando me preparava para fazer o espetáculo que o iria substituir, quis fazer uma coisa diferente. Então, lembrei-me desta peça [“Feliz Aniversário”] que ficou na minha memória, por exemplo.
PS: E estava à espera de esgotar o Coliseu?
JB: Isso é uma coisa que nós queremos sempre. Isto é, trabalhamos sempre para esgotar as salas e para que as pessoas venham e que se divirtam. (…) Mas o Coliseu é uma sala emblemática, que tem sido mais canalizada para outro tipo de espetáculos, música para teatro. Nunca pensei que ‘pronto’…
Depois, tem outra coisa: vir ao Porto é sempre uma maravilha! Porque as pessoas são completamente diferentes das de qualquer outro lado. Pois, recebem-nos de uma maneira diferente, mais calorosa, mais orgânica, mais sincera. E depois esta sala [Coliseu Porto Ageas] tem um toque mágico, especial.
Roteiro no Porto à moda do João Baião
PS: Ok, então e agora, mudando aqui um pouco o âmbito da entrevista… Quando tem umas horas livres para relaxar no Porto, quais são os seus sítios favoritos?
JB: Ui… há tantos sítios para passear no Porto. Por exemplo, a zona da Foz é maravilhosa. Também é extraordinária a zona do Centro ou da Rua de Santa Catarina, sem esquecer os Aliados. E depois as pessoas são incríveis; é como se fôssemos todos da família.
Além disso, gosto de ir a Vila Nova de Gaia. E quando tenho tempo gosto de percorrer toda a zona do Porto, principalmente a pé. Pois, gosto destas ruas, que têm algo de pitoresco. Portanto, vir aqui ao Porto é sempre sinónimo de recarregar baterias. Ou seja, todos os sítios são ótimos para passear.
PS: E onde é que poderemos encontrá-lo a comer? Ou seja, qual é aquele restaurante que o João Baião não perde sempre que vem ao Porto?
JB: Gosto muito de ir à Brasileira e de um na Avenida da Boavista [Cufra Boavista]. Mas, isto aqui no Porto há um manancial de propostas, pelo que é muito difícil… e eu nunca fixo os nomes. Por isso, não tenho um sítio específico, porque aqui come-se muito bem!
PS: Já experimentou os cachorrinhos à moda do Porto?
Então, não! Já experimentei no Gazela [entre outros]. Além disso, também gosto muito dos famosos croissants do Império. Portanto, isto aqui não acaba.