Frida Kahlo é um nome incontornável da arte (e não só). Uma mulher à frente do seu tempo, cuja vida de superação é agora homenageada. O Centro de Congressos de Alfândega do Porto celebra a artista mexicana, numa exposição imersiva, a partir de 10 de março (de quarta-feira a domingo: 14h30 – 19h30).
Poucas artistas femininas despertaram tanta devoção como Frida. Considerada um símbolo feminista e das tradições indígenas mexicanas, a vida deste ícone é contada numa jornada multissensorial. Uma viagem multimédia em 360.º, por fotografias históricas, filmes originais, instalações artísticas e música.
Nesta iniciativa da Immersivus Gallery, trazida ao Porto pelo Ocubo, os visitantes vão descobrir os momentos mais marcantes da vida da mexicana. Pensa nisto como assistir a um filme, só que fora do Cinema e numa lógica muito mais interativa.
Com mais de uma hora, a exposição está dividida em dois atos. Tudo começa na Sala da República, num percurso de caráter participativo, com realidade virtual, animações holográficas e vídeo mapping em esculturas. Depois disso, há um verdadeiro espetáculo audiovisual de 360.º nas Furnas da Alfândega.
Uma vida consagrada ao amor e à arte
Esta exposição é uma oportunidade única de absorver um pouco mais do seu mundo. De facto, Frida Kahlo teve uma vida tão impressionante quanto a sua obra. Foi a primeira pintora mexicana a vender um quadro ao Museu do Louvre, em Paris (França). Mas esta foi apenas uma de muitas conquistas numa vida relativamente curta.
Do ponto de vista pessoal, Frida viveu à sua maneira, alheia a quaisquer convenções da época (1907-1954). Foi casada com o também célebre pintor Diego Rivera, numa relação de altos e baixos, que lhe serviu de inspiração. Acolheu Leon Trotsky durante o seu exílio no México; um de muitos cruzamentos com figuras ilustres.
Mas também ela tornou-se um ícone em nome próprio. Uma vida de superação e em permanente convívio com uma dor crónica. No entanto, isso nunca impediu que Frida Kahlo celebrasse a sua liberdade individual e as tradições indígenas mexicanas.
Eu sou a minha única musa, o assunto que conheço melhor”, afirmou.