No Porto Secreto gostamos de falar sobre as várias curiosidades da cidade, os melhores museus e restaurantes, dicas de viagens e até dos lugares suspostamente ‘assombrados’ dos arredores. Afinal, há quem aprecie realmente este tipo de histórias, que coabitam no imaginário urbano, longe dos holofotes turísticos.
Em locais abandonados e deixados ao esquecimento, ainda resistem ruínas que testemunham o seu passado de mistério e suspense. De facto, algum destes sítios poderiam muito bem acolher um filme de terror. Inspirada em mitos e lendas, esta é a nossa lista de locais ‘assombrados’ e/ou assustadores.
Sanatório de Valongo
A cerca de meia hora de carro da Invicta, este é provavelmente um dos lugares ‘assombrados’ mais famosos perto do Porto. O Sanatório de Valongo (como ficou conhecido o Sanatório de Mont’alto) situa-se na freguesia de São Pedro da Cova, no concelho de Gondomar, e há muito que está abandonado.
Com um passado repleto de peripécias, o Sanatório manteve-se no ativo entre as décadas de 50 e 70. Por aqui, era frequente acolher-se doentes tuberculosos. No entanto, foram registados relatos de maus-tratos e de negligência.
Por exemplo, consta que o edifício chegou a contar com cerca de 350 doentes em simultâneo, quando só teria capacidade para receber 50. Com o tempo, o empreendimento foi dotado ao abandono, tendo sido pilhado, vandalizado e danificado por incêndios que ocorreram a posteriori.
Desde então, o Sanatório de Valongo (ou como é chamado oficialmente, de Mont’alto) tornou-se numa verdadeira fonte de mitos e lendas. Conta-se que para estes lados há vislumbres de vultos e barulhos estranhíssimos, sem esquecermos de mencionar os alegados rituais satânicos.
‘Casa do Diabo’
Só o nome já dá a entender que é um local ‘assustador’, certo? Localizada a menos de 1h de carro do Porto, esta casa abandonada fica em Felgueiras, segundo outros media, mais concretamente na zona de Moure. Conhecida como a ‘Casa do Diabo’, este é outro dos lugares ‘assombrados’ que poderia servir de cenário a ficção de terror.
De acordo com as lendas urbanas associadas, neste edifício em tempos terá vivido um casal sem filhos, o marido era agricultor e vivia da terra, já a mulher fazia bordados para fora. Consta-se que viviam sozinhos, mas que num dos quartos da casa, com frequência, ocorriam fenómenos inexplicáveis.
Por exemplo, relatos de objetos a voar ou móveis a arrastarem-se sozinhos. Certo dia, a mulher terá deixado um dos seus trabalhos bem dobrados e passados a ferro no quarto, acima mencionado. No entanto, aquilo que encontrou foi um cenário bem diferente, com os bordados todos remexidos e cobertos de urina.
Conta-se que o casal terá acabado, então, por abandonar para sempre a habitação, ficando desde aí conhecida como a ‘Casa do Diabo’. Além disso, ainda hoje, alegadamente, haverá relatos de ruídos invulgares e de avistamentos de um homem misterioso na varanda.
Quinta da Juncosa
Das várias histórias aqui mencionadas, esta é certamente uma das lendas mais macabras de todas. Pertencente ao concelho de Penafiel, consta-se que em tempos viveram, na Quinta da Juncosa, D. Luís de Lencastre Carneiro de Vasconcelos Barão de Lages e a sua esposa, Inês.
Neste lugar, outrora senhorial, terá ocorrido um hediondo crime. Segundo rezam os relatos, o barão era um homem ciumento, pelo que ao pensar que a sua mulher o tinha traído, assassinou-a. Contudo, fê-lo de uma forma indescritível.
Ou seja, conta-se que o barão atou a mulher a um cavalo e arrastou-a pela quinta, até ela falecer. Ao aperceber-se do que tinha feito, o barão terá matado os filhos e cometido suicídio. Desde então, especula-se que o seu espírito ficou a deambular para sempre pela Quinta da Juncosa!