No Porto há muitas curiosidades por desvendar. Por exemplo, existem lugares (quase) secretos, cujas histórias prometem surpreender-te. Mas, desta vez, queremos focar as nossas atenções num sítio mais conhecido: a Praça do Marquês.
Envolvida por um jardim romântico, a Praça do Marquês é um local bastante central que serve três das principais freguesias da cidade, nomeadamente Bonfim, Santo Ildefonso e Paranhos. Além disso, está bem servida ao nível de transportes públicos e reúne alguns pontos de interesse, como a Torre da Igreja do Marquês, entre outros.
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Praça do Marquês: a história
Embora seja uma das mais conhecidas praças da cidade, nós, portuenses, tendemos a chamar-lhe de Praça do Marquês, em detrimento do seu nome completo: Praça do Marquês de Pombal. O seu nome homenageia, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, um político e estadista que se destacou durante o reinado de D. José I e que teve um papel fundamental na reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755.
A nossa praça é assim conhecida desde 1882. Anteriormente, era designada de “Largo da Aguardente”, isto porque era aqui que se realizava o mercado da aguardente na altura. Curioso, não é?
Mas não é apenas o seu nome que traz história. Muitos acontecimentos importantes tiveram lugar nesta praça, fazendo dela um local icónico e histórico da cidade do Porto.
A praça era, por volta de 1830, essencialmente ocupada por terrenos agrícolas, que foram ocupados pelas tropas liberais, em 1832, para se defenderem das absolutistas. Esta era, então, uma parte do Cerco do Porto. Após o cerco, a praça foi passando por algumas mudanças na sua urbanização e começou a ganhar a forma que conhecemos atualmente.
Por volta de 1870, começa a erguer-se uma praça de touros neste local. Juntamente com uma que existia na Boavista, estas eram as duas praças de touros na cidade e que se mantiveram ativas até finais do século XIX.
É por volta de 1898 que a praça começa a integrar o jardim e se assemelha ao que hoje conhecemos e se começa a tornar o local pelo qual hoje passamos. Para além disso, foi nesta altura que e construiu o coreto e a fonte que ainda lá estão.