Quem não gosta de ir à Ribeira, ou ao Cais de Gaia, e passar um final de tarde à margem do magnífico rio Douro? Quem não gosta de ir até à Foz, onde o Rio desagua? O rio Douro é um símbolo do Porto e Norte de Portugal.
Portanto, não é de estranhar que uma das nossas atividades preferidas seja passear de barco e contemplar a beleza das suas paisagens. Neste contexto, e sendo tão importante para a cidade do Porto, é pertinente conhecer um pouco melhor a história e curiosidades do Rio Douro, um dos maiores da Península Ibérica! Vamos lá?
Índice
Nasce nos picos da serra espanhola de Urbión
É sabido que o rio Douro nasce em Espanha, mas talvez não se saiba que nasce nos picos da serra a mais de 2000 metros de altitude.
897km
É esta a sua extensão, em comprimento, sendo que desses, 213km são navegáveis em Portugal. É o terceiro maior rio da Península Ibérica.
Património da Humanidade
A Região Vinhateira do Alto Douro, que tem como paisagem o rio Douro e os seus socalcos, foi classificada como Património da Humanidade em 2001 pela UNESCO.
Porque é que se chama rio Douro?
São várias as teorias e lendas à volta do nome do rio. Por um lado, acredita-se que vem do antigo celta, no qual “dur” ou “dubr” significava água. Contudo, por outro lado, reza a lenda que existiam pedras que rolavam e brilhavam, julgando-se ser ouro.
Mas as teorias ou lendas sobre a origem do nome não ficam por aqui. Pensa-se que pode ter sido pelos detritos que eram arrastados pela enxurradas que davam ao rio uma cor amarelada, como o ouro, ou que esta designação está relacionada com a sua composição e estrutura. “Durius”, em latim, significa “duro”, que se associava aos contornos e escarpas do rio.
O Douro sempre foi importante para a região
O rio servia de ligação entre a região do Douro e o Porto, muito útil, por exemplo, no transporte do vinho do Porto para o seu processo de envelhecimento em Gaia.
Nesta altura, em que não existiam caminhos de ferro, o percurso fluvial era a única opção. Contudo, era extremamente perigoso devido às inúmeras rochas e pedras submersas. Havia apenas um pequeno barco de madeira capaz de executar o percurso, o barco rabelo (daí a tradição que hoje conhecemos dos barcos rabelos e do transporte do vinho do Porto).
Para além disso, o rio Douro oferecia uma maior abundância de peixe, o que, naturalmente, ajudou muitas famílias a ter alimento e emprego.