Quem nunca subiu os imensos degraus da Torre? Quem nunca visitou a igreja? Poucos haverá que ainda não o tenham feito!
Porque é que se chama “Clérigos”?
Os edifícios estão relacionados com a Irmandade dos Clérigos Pobres, que representa a fusão de três instituições de beneficiência (Confraria dos Clérigos Pobres de Nossa Senhora da Misericórdia, a Irmandade de São Filipe de Nery e a Confraria dos Clérigos de São Pedro). A sua missão era apoiar clérigos em dificuldades e funcionava na Igreja da Misericórdia. Contudo, este espaço não era suficiente, pelo que se começou a pensar no projeto que contempla, atualmente, a torre e igreja dos Clérigos.
Foi, então, em 1731 que se decidiu construir uma nova igreja. Nicolau Nasoni projetou os edifícios e a primeira pedra foi lançada em 1732. A primeira missa celebrada na nova igreja, ainda incompleta, foi em 1748, mas o projeto completo só foi terminando por volta de 1763.
O arquiteto, com vários projetos desenvolvidos em Portugal, escolheu ser sepultado na igreja dos Clérigos e, aquando da sua morte, em 1773, a sua vontade foi cumprida.
Os Clérigos distinguem-se pelo seu estilo barroco. A igreja, com uma decoração bastante detalhada, prima pelo contraste das mármores e pelos santos.
Algumas curiosidades sobre os Clérigos
- A Torre dos Clérigos tem 75 metros, seis andares e 240 degraus (numa escadaria em espiral);
- A Torre dos Clérigos foi distinguida como monumento nacional em 1910;
- Os Clérigos são considerados uma das maiores obras de Nicolau Nasoni;
- O edifício entre a Igreja e a Torre, hoje conhecido como Casa dos Clérigos, funcionava como uma enfermaria;
- A Torre assinalou 250 anos em 2013;
- Desde 2015 é possível visitar a Torre em horário noturno;
- Em 1917, foi gravado um filme publicitário no monumento e chama-se “Um chá nas nuvens”.