Entre restaurantes, museus e monumentos, no Porto Secreto também há espaço para (re)descobrir outras histórias e curiosidades ligadas, por exemplo, às nossas vias. Já aqui falámos da Rua das Flores ou da Rua Santa Catarina. No entanto, neste artigo o foco reside no passado que “esconde” a Rua da Picaria.
Este troço liga a Praça D. Filipa de Lencastre ao Largo Mompilher, sendo a casa de muitos espaços conhecidos da cidade, tais como o Candelabro, entre outros. Mas, qual a origem do nome da Rua da Picaria?
A história da Rua da Picaria
O nome é peculiar e, por vezes, tal como acontece com outras vias portuenses, como a Bainharia, por exemplo, este pode estar relacionado com a atividade predominante que se exercia nesse local.
Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, “picaria” refere-se a
1. Arte de adestrar cavalos; equitação.
2. Picadeiro.
3. Quantidade de piques.
4. Tropa armada de piques.
Ainda que não existam referências concretas a esta relação, acredita-se que a ligação aos cavalos e à equitação, até por volta de 1925, seja o que está na origem do nome da rua.
Contudo, a fama da rua da Picaria (e esta sim, ainda existem memórias e até vestígios, atualmente) prende-se com atividades madeireiras. As marcenarias e lojas de móveis enchiam a Picaria, tal como as ferragens se encontravam concentradas na Rua do Almada.
Aqui nasceu Sá Carneiro
Um outro acontecimento importante e histórico que distingue esta rua é o facto de ter albergado a família Sá Carneiro. Francisco Sá Carneiro, que foi primeiro ministro de Portugal, nasceu nesta rua.
Pontos de interesse (nos dias de hoje)
Como sabemos, atualmente a rua é preenchida pelos mais variados restaurantes e, como já referimos, é raro o portuense que não tenha já passeado pela rua da Picaria. Estes são alguns dos espaços que hoje lá encontramos (e que valem a pena ser visitados):
- Boa-Bao;
- Cruel;
- Taxca;
- Thamel;
- Muti;
- Obicà;
- O Ernesto;
- Mundo Fullest;
- Canti;
- Kiosk do Largo Mompilher ao cimo da rua.