Com o aproximar do Natal, já aqui partilhámos algumas receitas que podes preparar para a noite de Consoada. Mas, que tal dedicar um outro artigo ao ‘rei da gastronomia portuguesa’? Afinal, em Portugal não vivemos sem bacalhau. Portanto, uma das questões que se impõe é mesmo a seguinte: sabes mesmo escolher o melhor bacalhau?
Há 1001 maneiras de cozinhar o peixe mais apreciado pelos portugueses: cru, cozido, frito, assado, salteado, no forno, gratinado, em pastéis ou pataniscas. A lista de receitas possíveis é (quase) interminável. Contudo, o objetivo aqui é ajudar-te a escolher o melhor produto, para que nada falhe na grande noite de Natal que está prestes a chegar.
Como escolher o melhor bacalhau?
Vamos então começar pelo início, pela forma do peixe, é que bacalhau há apenas um, já “substitutos” da mesma família há uma série deles. Aqui o truque é: o verdadeiro bacalhau tem um corte direito do rabo, três barbatanas no dorso e surge no mercado, em forma de asa.
Já a cor tem de ser amarelada, como a palha, e uniforme. Evita comprar se tiver com manchas pretas, que indicam que foi mal sangrado, ou cor de rosa, que mostram que tem excesso de humidade. E o cheiro tem de ser agradável, aquele cheiro típico de bacalhau e não um cheiro insuportável.
A regra mais importante
A regra mais importante para escolheres um bom bacalhau é uma excelente secagem, quanto mais desidratado e sem humidade, melhor! Aqui o melhor teste que podes fazer é: segurares o bacalhau pelo lombo (no sítio onde foi cortada a cabeça), se ficar praticamente direito é porque está perfeito. Se dobrar é porque tem muita humidade e nesse caso, não o compres.
Na hora de comprar, vais encontrar bacalhau demolhado ultracongelado ou salgado seco. Qual a melhor opção? As duas, é que isso apenas depende do tempo que tens para te dedicares a preparar a receita. O ultracongelado é mais rápido, porque não precisa de ficar a demolhar, mas tem menos sabor. O bacalhau salgado seco, precisa de ser demolhado durante 24h, pelo menos, mas mantém um melhor sabor.
Agora que já sabes como escolher o melhor, chega a hora de o cozinhares. Seja qual for a receita que optes, o bacalhau cozinha muito rápido. A cura com sal já lhe causa a primeira “cozedura” natural, depois com a secagem, volta a passar por um outro processo de “cozedura”. Por isso, tem atenção aos tempos, um bacalhau demasiado cozinhado torna-se seco. Na quantidade também há um pequena truque: cada pessoa come cerca de 150g a 250g por refeição.
Por fim, falta a parte mais difícil, escolher o prato que vais cozinhar. É que com tantas hipóteses, fica muito complicado escolher apenas uma receita de eleição. Mas seja qual for, bacalhau acompanha sempre com um bom vinho português.